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As vezes, no meio da noite move-se uma lanterna Que atrai nosso olhar. Quem vai lá? quem a conduz? Fico pensando, meditando de onde e para quê e aonde, De quem, escuridão adentro, a tateante luz? Por mim passam os homens, cujo brilho e beleza De índole ou de mente, ou do que seja, torna-os raros; E, até que a morte ou a distância os trague, esparzem Em nosso denso ar palustre ricos raios. Distância ou morte cedo os consome. E se perdem, No fim, de todo o revolver de minha vista a persegui-los Em vão - e, longe dos olhos, longe do coração. Perto do coração de Cristo, cujos passos os seguem - Seu olhar e cuidado amoroso em confirmá-los, corrigi-los Fiel primeiro e último amigo, resgate, salvação. |
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quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Hopkins - A lanterna lá fora
Vallabhedev
Conquiste eu toda a terra, para mim existe apenas uma cidade. Nessa cidade existe para mim apenas uma casa, e nessa casa um quarto. E nesse quarto uma cama. E uma mulher dorme lá, a alegria radiante, a jóia de todo o meu reino. |
a experiência humana
domingo, 28 de outubro de 2012
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
sábado, 20 de outubro de 2012
Meu
ser evaporei na lida insana
Do tropel de paixões, que me arrastava; Ah! cego eu cria, ah! mísero eu sonhava Em mim quase imortal a essência humana. De que inúmeros sóis a mente ufana Existência falaz me não dourava! Mas eis sucumbe a Natureza escrava Ao mal, que a vida em sua orgia dana. Prazeres, sócios meus, e meus tiranos! Esta alma, que sedenta em si não coube, No abismo vos sumiu dos desenganos. Deus, oh Deus!... Quando a morte à luz me roube, Ganhe um momento o que perderam anos, Saiba morrer o que viver não soube. |
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a experiência humana
Benedetti
e se no crepúsculo
o sol era memória já não me lembro . as religiões não salvam / são apenas um contratempo . o pior do eco é quando diz as mesmas barbaridades . tem poucas coisas tão ensurdecedoras como o silêncio |
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durante o sono
os amantes são fiéis como animais . passam as nuvens e o céu fica limpo de toda culpa . as plantas ouvem se a gente elogia se tingem de verde . em todo idílio uma boca é beijada a outra beija |
tradução de Antonio Miranda
a experiência humana
Mors - Amor
Esse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos, quando a sombra desce,
E, passando a galope, me aparece
Da noite nas fantásticas estradas,
Donde vem ele? Que regiões sagradas
E terríveis cruzou, que assim parece
Tenebroso e sublime, e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas?
Um cavaleiro de expressão potente,
Formidável, mas plácido, no porte,
Vestido de armadura reluzente,
Cavalga a fera estranha sem temor:
E o corcel negro diz: ”Eu sou a Morte!”
Responde o cavaleiro: “ Eu sou o Amor!”
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a experiência humana
domingo, 14 de outubro de 2012
Viagem das lembranças de Syça - outubro 2012
sábado, 13 de outubro de 2012
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