quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Hopkins - A lanterna lá fora

Gerard Manley Hopkins (1844-1889)

As vezes, no meio da noite move-se uma lanterna
Que atrai nosso olhar. Quem vai lá? quem a conduz?
Fico pensando, meditando de onde e para quê e aonde,
De quem, escuridão adentro, a tateante luz?

Por mim passam os homens, cujo brilho e beleza
De índole ou de mente, ou do que seja, torna-os raros;
E, até que a morte ou a distância os trague, esparzem
Em nosso denso ar palustre ricos raios.

Distância ou morte cedo os consome. E se perdem,
No fim, de todo o revolver de minha vista a persegui-los
Em vão - e, longe dos olhos, longe do coração.

Perto do coração de Cristo, cujos passos os seguem -
Seu olhar e cuidado amoroso em confirmá-los, corrigi-los
Fiel primeiro e último amigo, resgate, salvação.

a experiência humana

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